domingo, 27 de setembro de 2009

Galo de Chanfana em dia de eleições

Na Marinha de Guerra há uns anos (quando não havia telemóveis e internet) os marinheiros em missões (todas as missões eram classificadas desde confidenciais a secretas) no mar só podiam contactar com a família através das comunicações de bordo e com autorização do Comandante. Não era permitido dizer-se onde estavam nem o dia da chegada, então para se dizer sem dizer o dia da chegada havia a frase "tal dia mata galo" e o familiar ficava assim a saber o dia da chegada do navio. Lembrei-me disto, hoje dia de eleições, porque o voto é secreto e hoje almocei galo de chanfana.

Chanfana de galo velho com maçãs assadas no forno a lenha e batata cozida, um almoço genuinamente caseiro.

Depois do dever cumprido no acto eleitoral, o almoço na tranquilidade do jardim.

O Provérbio: - "Onde governa a razão, obedece o apetite"

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Festival de Etnografia da ACRZ


No passado Domingo, dia 13 de Setembro, a Associação Cultural e Recreativa do Zambujal realizou no seu salão a sua festa de folclore e etnografia sob o tema do pinhal com as suas actividades associadas, homenageando as nossas gentes que do pinhal tiravam e ainda tiram grande parte da sua subsistência e sustentabilidade económica. O festival contou com a participação do Grupo Etnográfico da ACRZ, que fez as honras da casa, do Rancho Folclórico de Cervães - Vila Verde – Braga que partilhou com os presentes, as suas danças e cantares das terras do verde Minho, com seus belos trajes adornados a filigrana de oiro, do Grupo Folclórico da Associação Cultural Rio TávoraVilar - Moimenta da Beira que nos deliciou com seus trajes típicos, sugestivos adereços assim como cantares e dançares da Beira interior, do Grupo de Cantares do Alva e Açor -Coja que nos presenteou com a etnografia da sua terra, transmitida em poemas cantados que falavam do passado e presente das suas gentes e costumes da serra Açor e do rio Alva.

Foi uma tarde de festa com a presença de muitas pessoas e do Presidente da Junta de Freguesia de Cadima, Sr. José Alberto, e do Sr. Casas de Melo em representação do Presidente da Câmara Municipal de Cantanhede. No final houve um lanche de confraternização com convívio de todos.

A oferta aos grupos e convidados foi uma peça artesanal feita com elementos do pinhal.

Acompanhada do seguinte texto:

- O Pinhal a economia e o ambiente

O Zambujal, aldeia do concelho de Cantanhede, está rodeado de pinhal. Esta grande mancha verde, tem sido ao longo dos tempos, fonte de lenha, mato, madeira, que foi e ainda é uma garantia da subsistência das famílias. A lenha, substitui em grande medida a energia, (gás, electricidade e gasóleo) no aquecimento e cozinha. O mato era transformado em composto, estrume, para fertilizar as terras e melhorar a produção agrícola, substituindo os adubos. A madeira era utilizada na construção da casa e mobiliário, soalhos, tectos, (sobrados) e nas alfaias agrícolas, (carros de bois, carroças, charruas, grades, arados e outras alfaias). O pinhal é uma fábrica do oxigénio que respiramos, absorvente de CO2 além de sustentar grande biodiversidade. Por isto e muito mais devemos preservar a floresta, mantendo-a limpa (evita incêndios) e com boa gestão, para manter a sustentabilidade económica e ambiental. Este foi o tema escolhido para o nosso Festival de Etnografia, para homenagear e recordar todos aqueles que trataram do pinhal com as suas actividades próprias.

Zambujal, 13 de Setembro de 2009