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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cogumelos e flores e Um Recado aos Amigos Distantes


No Zambujal encontram-se as cores da Primavera no Outono

Recado aos Amigos Distantes

Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.

Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.

Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.

Não condeneis, por enquanto,
minha rebelde maneira.
Para libertar-me tanto,
fico vossa prisioneira.

Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
valeis a minha Esperança.

Cecília Meireles, in 'Poemas (1951)'

O Provérbio: "A verdadeira afeição, na longa ausência se prova "

terça-feira, 18 de agosto de 2009

As cores da vida no meu jardim

Hoje capturei algumas imagens no meu jardim para partilhar a minha felicidade convosco.
(clicar na imagem para ampliar)
Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.

Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.

O Provérbio: "A vida é feita de momentos"

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Jardim em poesia


Hoje vesti o meu jardim com um poema do autor da "Pedra Filosofal"
António Gedeão poeta cientista
(clicar na imagem para ampliar)

Poema das Flores

Se com flores se fizeram revoluções
que linda revolução daria este canteiro!

Quando o clarim do sol toca a matinas
ei-las que emergem do nocturno sono
e as brandas, tenras hastes se perfilam.
Estão fardadas de verde clorofila,
botões vermelhos, faixas amarelas,
penachos brancos que se balanceiam
em mesuras que a aragem determina.
É do regulamento ser viçoso
quando a seiva crepita nas nervuras
e frenética ascende aos altos vértices.

São flores e, como flores, abrem corolas
na memória dos homens.

Recorda o homem que no berço adormecia,
epiderme de flor num sorriso de flor,
e que entre flores correu quando era infante,
ébrio de cheiros,
abrindo os olhos grandes como flores.
Depois, a flor que ela prendeu entre os cabelos,
rede de borboletas, armadilha de unguentos,
o amor à flor dos lábios,
o amor dos lábios desdobrado em flor,
a flor na emboscada, comprometida e ingénua,
colaborante e alheia,
a flor no seu canteiro à espera que a exaltem,
que em respeito a violem
e em sagrado a venerem.

Flores estupefacientes, droga dos olhos, vício dos sentidos.

Ai flores, ai flores das verdes hastes!
A César o que é de César. Às flores o que é das flores.

António Gedeão

(clicar na imagem para ampliar)
Gosto das flores e da poesia, no meu jardim florido de perfumes e cores.
(clicar na imagem para ampliar)
No meu jardim há flores de muitas cores, de muitas formas, de muitos feitios e de muitos perfumes, mas todas merecem a minha atenção.
O Provérbio: - "Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje"
Posted by Picasa