Mostrar mensagens com a etiqueta Gente da nossa terra. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Gente da nossa terra. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Gente da Nossa Terra



Lucena, Dialina, Bertina, Marias Soares.
Vidas cheias de Vida.

O Provérbio: - "O segredo da vida alegre e contente é estar em paz com Deus e com a Natureza"

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Carlos Monteiro jovem cientista à descoberta de novos fármacos

O Zambujal orgulha-se das suas gentes, na simplicidade, humildade e na colaboração activa para uma sociedade e mundo melhores.
Hoje o jornal "Correio da Manhã" publicou em página inteira um excerto do percurso do nosso "filho da terra" Carlos Monteiro, cientista da área da "Química Industrial" que se tem dedicado quase em exclusivo à investigação laboratorial com o objectivo de criar e desenvolver um novo fármaco de combate ao cancro minimizando ao máximo os efeitos colaterais indesejáveis das terapias tradicionais.
O Carlos Monteiro Jovem de 30 anos com vários artigos científicos publicados em prestigiadas revistas internacionais encontra-se actualmente em Barcelona a aprofundar a sua investigação com novos meios técnicos e laboratoriais à sua disposição.
Os nossos parabéns ao Carlos Monteiro e que tenha os maiores êxitos na sua carreira, orgulhamo-nos dele, da sua inteligência, do seu humanismo, da sua humildade e honestidade, valores que caracterizam os grandes Homens.
O Provérbio: - "A perseverança é a mãe do sucesso"

domingo, 5 de julho de 2009

Homenagem simples a um homem bom e humilde. António da Costa Ribeiro "Toino Vaibem"


António Vaibem no Salão da ACRZ

António da Costa Ribeiro (1921-2008) conhecido por António Vaibem, nasceu no dia de Natal na Ribeira dos Moinhos, numa família de lavradores, a senhora sua mãe era a ti Guilhermina da Leonor, porque Leonor era a sua avó, mulher de Matias Simões, seu pai era Manuel da Costa Ribeiro que morreu com algumas pequenas dívidas, era o António seu filho menino de oito anos, que nunca fora à escola. Por via das pequenas dívidas do senhor seu pai, a viúva Guilhermina, sua mãe viu-se confrontada com a falta do sustento da família, que era assegurado, pelo seu esposo e teve como ajuda "solidária" a "eventariação" (palavra do António) dos seus bens e penhora para pagar, muito mas mesmo muito inflacionada, uma mísera dívida. Assim, ficaram na miséria, sem casa nem terras, na Ribeira dos moinhos.


A mãe Guilhermina, a avó Leonor, o irmão Manuel e ele próprio de "bibe".

Então sem casa (lar) em Ribeira dos Moinhos vieram viver para casa da avó Guilhermina que era do Zambujal, e ele o António "Vaibem" criança, começou a guardar gado cujo pagamento era a comida que lhe faltava em casa, depois foi trabalhar para as pedreiras da "gandara" onde "acartava" a terra com uma cesta de vime à cabeça, as crianças como formigas faziam carreiros naqueles enormes montes de terra que "acartavam" como hoje fazem os potentes bulldozers. de seguida arranjou trabalho nos lavradores onde fazia de tudo o que a lavoura exige, em troca do alimento, andava à frente do gado que puxava a charrua, arado na lavra, ou o carro carregado de mato, pasto, cereal, uvas ou carregado de tudo o que a terra dava e era colhido. O António casou aos vinte e cinco anos com a Maria do Rosário, que veio do Louriçal para servir no Zambujal, viveram na casa da avó Guilhermina e tiveram três filhos, o António, o Amândio e o Manuel, todos eles Fernandes, nome da avó.

Com mais bocas para sustentar o António Vaibem, fez de tudo o que a terra oferecia, na vinha, cavou-a limpando-a do "burgau", escavou-a, podou-a, sulfatou-a, vindimou-a, carregou os "cachos" pisou-os, deu balsa ao vinho, envasilhou-o, seguiu a sua maturação nas adegas e por fim voltou a trasfegá-lo na altura da venda. Isto ano após ano. Também arrancou pedra, enfornou a mesma pedra, cozeu-a e desenfornou a pedra que já era cal que lhe queimava as mãos e os pulmões. Esta cal que passou pelas mãos do "Vaibem" foi distribuída pelo país para a construção de obras que têm a sua impressão e pele digital, como por exemplo as novas faculdades da Universidade de Coimbra onde se ensinam doutos saberes que o António nunca sonhou existirem, mas cujo abrigo ele ajudou a construir.

O forno da cal do Caldeira e depois de Manuel de Jesus Gomes (Canário) onde o António Vaibem cozeu muita cal.

O António Vaibem nunca foi à escola porque a prioridade era ter alguma coisa que comer, mas a escola da vida deu-lhe a sabedoria daqueles que sabem quanto custa a vida ganha com trabalho duro e honesto.

O nosso conterrâneo e homem bom, António Vaibem ficou pobre e deixou-nos no dia 13 de Agosto pobre de bens materiais mas rico de valores morais e humanos e deixou obra valorosa.

Sentado na esplanada do café

Esta pequena homenagem ao ti António Vaibem, homem sábio das coisas da vida, alegre apesar de sofrido, homem que gostava de rir, cantar e dançar, é extensiva a todos quantos anonimamente fizeram o trabalho duro na construção do país que temos e pelos quais (gente anónima) a vida passou sem que ninguém fora do círculo familiar os homenageasse como fazem aos "doutores" que escreveram com as canetas, leram nos livros e se abrigaram nas casas (como quase tudo o que utilizam) que gente como o Tí António Vaibem ajudaram a construir.

O provérbio: - "Antes pobreza honrada do que riqueza roubada"

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Gente da nossa terra - Manuel Gil



Emigrante de sucesso – Manuel dos Santos Monteiro Gil (Manuel Gil) nasceu em 3 de Março de 1930 fruto do casamento de Manuel Gil, seu pai e Anunciação dos Santos, sua mãe. A pobreza da família “obrigou” seu pai a emigrar para o Brasil à procura de melhores condições, deixando sua mulher Anunciação com o Manuel Gil (filho) no ventre ainda em gestação.
O Manuel Gil nasceu e cresceu sem conhecer o pai que ficara por terras de Vera Cruz. A escola acabou quando o Manuel Gil fez a terceira classe e começou ainda menino a trabalhar na agricultura e como servente de pedreiro (misturando a areia a cal e a água com uma enxada, para fazer a massa que colava as pedras das construções carregando os materiais até aos pedreiros) e assim ainda criança era o amparo da mãe, já homem foi pedreiro. Casou aos 25 anos com Salvina, mas a mágoa de nunca ter conhecido o seu pai, fez com que em 1957 com 27 anos de idade fosse para o Brasil, à procura dele. Deixou no Zambujal, mulher e um filho, chegado a terras de Vera Cruz, São Paulo, o Manuel Gil concretizou o seu grande sonho de conhecer seu pai e iniciou ali a sua vida como empregado, passado pouco tempo economizou o suficiente para se estabelecer por conta própria na área comercial primeiro com um bar e depois com uma padaria e em 1962 chama para junto de si sua esposa Salvina e o filho Gabriel. Fundou um restaurante “O Rei do Bacalhau” que ligado à padaria foi um enorme sucesso, era frequentado por altas individualidades e por muitos turistas portugueses que ali se deliciavam com as suas especialidades de bacalhau, ficando ele próprio conhecido em São Paulo como o Rei do Bacalhau.
Em 1986 veio a Portugal para na FIL de Lisboa participar com o seu restaurante “O Rei do Bacalhau”e suas especialidades gastronómicas no evento “Portugueses de Além Mar” que trouxe a Portugal o exemplo de alguns emigrantes de sucesso.
Hoje o Manuel Gil está aposentado e é um homem feliz que vive junto de seus filhos em São Paulo. Mas não esquece a terra que o viu nascer e crescer, o Zambujal e, mais uma vez regressou em lazer para recordar sítios e amigos, amigos que reuniu no passado dia 1 de Outubro (2008) num jantar de confraternização no restaurante “Amigo” da Tocha onde agradeceu a todos o bom acolhimento e amizade que lhe proporcionaram por cá. Partiu para São Paulo com a promessa de voltar em 2009 no Verão.
Parabéns e votos de felicidades ao nosso conterrâneo Manuel Gil que há mais de cinquenta anos partiu para o Brasil onde viu pela primeira vez o seu pai e onde alcançou muito sucesso.
O nosso conterrâneo Manuel Gil é uma pessoa sábia, pois soube aprender com a vida nem sempre fácil, simples e humilde é um homem bom que tem granjeado muitas amizades, a comunidade espera de braços abertos a sua visita.

Posted by Picasa