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O João Murta tem um pequeno apiário entre os "Bárrios" e os "Alpiares", numa zona de boa biodiversidade florestal, pinheiro, eucalipto, carvalho, sobreiro, ameixa brava "rénol", urze, murta, vinha, madressilva, silva, tojo, algum rosmaninho, etc., no fundo um bom "pasto" para as abelhas que produzem um mel delicioso cor de caramelo. O João Murta visita o seu apiário quase todas as semanas, desta vez foi verificar como estava a evoluir um núcleo, inicio dum novo enxame. Também verificou que uma colmeia estava a fraquejar por excesso de zângãos, os machos das abelhas e que não produzem mel, isto acontece quando morre a abelha mestra, a única cujos ovos dão abelhas, as obreiras, dos ovos destas, das obreiras, nascem zângãos, mas verificamos que a própria organização da colmeia, enxame, já tinha providenciado alvéolos reais. Nos alvéolos reais (maiores) as obreiras põem ovos de cujas larvas, as obreiras produzem rainhas através duma alimentação especial (geleia real), a colmeia passado pouco tempo tem uma rainha, deixando de estar zanganeira (com excesso de zangões). Também verificou, o João, que numa das colmeias havia excesso de população e preparou-se para dividir o ninho em dois, retirou dois quadros com bastante criação (larvas) nos alvéolos, para colocar num núcleo, mais ou menos metade duma alça, (seis quadros), para desenvolver novo enxame. Alguns favos já tinham muito mel cor de oiro, depois da maturação, este mel é extraído no Outono e é uma delícia com pão nos dias frios de Inverno ou todo o ano.
A biodiversidade existente é garantia duma produção mais ou menos constante, pois, com tantas e diversas plantas há sempre algumas em flor, prontas a doar o seu nectar e polén em troca duma melhor polinização através das abelhas garantindo assim maior produção de frutos e sementes.
O Provérbio:- "A abelha perto do monte, com fonte e casa abrigada, produz mel e cera dobrada"